DEUS E EU

Falar de Deus sempre me incomoda muito.
Explicar é impossível, pois é uma relação muito sem barreiras. Não tenho medo, vergonha, nem receio de conversar e questionar Deus. Com certeza sou muito amado por ele, pois não sou um filho muito bonzinho não.
Já perceberam que as mães sempre dão atenção para o mais problemático? Com certeza Deus sempre faz o mesmo comigo. Mas o que seria de tão sério para que eu me considerasse um filho "problema"?
Apenas questiono tudo, e não aceito as palavras impostas por todos os "conhecedores da Palavra". Acredito em uma coisa única que seria uma ligação do meu coração ao coração de Deus. Basta isso! Tudo que fiz, faço e farei não me condenará, pois sinto pureza em meu coração.
Não que às vezes eu não sinta vontade de pegar algumas pessoas e fazer como os abacates com açúcar que comia na infância, na verdade eu sempre brinco dizendo que cortaria meus inimigos em pequenos pedacinhos e jogaria o produto mais químico que tivesse para vê-los sofrendo.
Mas espere aí, eu não tenho inimigos e não existe uma pessoa que me tire da paz que tenho me colocado diariamente.
Minha revolta sempre se dá por minutos ou no máximo algumas horas. Depois vem o sentimento de busca por algo maior.
Domingo eu trabalhei como voluntário em uma igreja evangélica como tradutor na frente de algumas dezenas de pessoas, duzentas no máximo. Foi um pouco estranho no começo já que ficar de pé na frente de muitas pessoas e falando inglês não é uma coisa que eu faça todos os dias, não tantas pessoas daquele jeito.
Um grupo de missionários verdadeiramente apaixonados e entregues ao desejo de conquistar pessoas. O mais impressionante foi ver quão jovem eram e a sabedoria nas palavras. Não estavam alí para converter ninguém e nem impor suas vontades, só queriam desesperadamente que pudéssemos sentir um pouco daquele amor e fogo que eles garantiam sentir com tanto fervor que poucos minutos após a palestra sobre o power invasion eu já estava me sentindo aquele garoto de 18 anos que frequentava a igreja 4 vezes por semana. Porém havia uma diferença que eu não poderia deixar de notar, eu não carrega máscaras e meu coração se encontrava na mais verdadeira harmonia.
Minha vontade era transformar aquelas 3 horas em algumas semanas. Eu queria sentir mais daquele desprendimento do mundo e da religião.
Era um grupo de pessoas compartilhando experiências encantadoras, histórias dignas de serem repassadas para as pessoas.
Foi interessante sentir que Deus estava mesmo presente lá, e que Ele e eu estamos mesmo em contato diário. Me convenci de que minhas oraçõe matinais à caminho do trabalho, minhas extensas discussões com Ele e minha vontade de ser uma pessoas melhor me proporcionaram um momento único.

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