UMA LUZ? ACHO QUE NÃO!

Desistir é uma palavra que não existe em meu vocabulário.
Isso significaria que eu não quero algo por que talvez seja difícil demais para ser alcançado, por parecer uma coisa intangível, sonho daqueles que só posso mesmo, sonhar.
Primeira segunda-feira de julho, segundo semestre do ano e a vontade é essa, "desistir". Mas olhando em outro ponto de vista, não seria bem isso, é apenas vontade de buscar novos horizontes, conhecer algo maior do que tem sido até agora. Sei que se estou onde estou, foi por que me coloquei aqui, ninguém me trouxe, aceitei as ofertas, entrei nas portas que se abriram, dei chance à negociação.
Acho que o que me assusta é que há tantas opções, e não estou certo de qual seguir. Não me receio com a mais difícil, mas também não me empolgo com a mais viável.
Nos últimos dias as lâmpadas estão queimando ao meu redor, literalmente. Semana passada a luz da sala se apagou, apenas a da sala. Não foi corte por falta de pagamento (risos). Sábado de noite a luz da cozinha simplesmente explodiu, e ontem, exatamente ontem, a luz que fica sob a minha cabeça no escritório começou a piscar de um jeito que não tenho coragem de deixá-la acesa, tenho a impressão de que ela vai explodiu em pequenos cacos e que eles irão todos se concentrar em me atingir. Seria isso egocentrismo demais?
De qualquer forma, estou bem longe de pedir luz para esclarecer minha mente, para me ajudar nas decisões. Como eu faria isso se elas estão simplesmente se apagando na minha presença? Acredito que a atitude da vez, será confiar na minha intuição, atirar no escuro e mentalizar o melhor resultado possível.
Estou na fase da rebeldia, não quero ajuda de ninguém, não quero empurrão de amigos, não quero palavras de incentivo, longe de aceitar uma mão para me tirar da ladeira. Quero recorrer à força que se encontra escondida, aquela em que ouvimos sobre as mães que levantam carros pelos filhos, do cão que nada para salvar a criança, de uma força quase milagrosa.
Meus dias têm sido lindos. Não importa o trânsito, a chuva, a dor de cabeça, a intromissão de estranhos... sempre me senti e ainda me sinto um cara sortudo. Sorte é algo que posso querer contar agora.
Dando o texto por acabado, a página de edição fica vazia, as palavras que fluíram com tanta facilidade sumiram e a pergunta que me veio agora à mente foi, "Iria desistir ou escreveria tudo novamente?".

Ouvindo: Gabrielle - Out of Reach

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